segunda-feira, 27 de junho de 2011

O olhar.



São quase 3:30 da manhã, em São Paulo faz um frio impressionantemente gelado, eu olho pela janela e não vejo nada.
Acordo Próximo ao horário do almoço. Já são 11:45 da manhã, o caminhão do Gás ainda toca a mesma musiquinha que faz com que todos os cachorros da região uivem, isso me da calafrios. Eu saio no Quintal de casa.
Eu olho para cima do telhado, perto da caixa d’água, e não vejo nada.
As horas vão passando, eu ligo a televisão, zapeio por vários canais, não vejo nada de bom passando, desligo a televisão e vou em direção ao portão da frente de casa, tento olhar por cima do muro, mas não consigo, então resolvo voltar, pegar as chaves para abrir o portão.
Saio para frente de casa, não vejo nenhuma mulher bonita passando na rua , fico imaginando onde as mulheres bonitas estariam naquela hora, e me vem a resposta, de que as mulheres bonitas não estão em Pirituba. Afinal mulher bonita em Pirituba é praticamente impossível.
Desço até a esquina de casa, também não vejo ninguém, a rua está vazia, então volto para casa.
Ouço minha mãe me chamando, vou ao seu encontro, ela está na Sala, e me dá uma bronca:
-Filho Você saiu sem sua bengala?
-Sim mãe!
-Entre agora! Vá para seu quarto!
Dirigi-me ao meu quarto, deitei em minha cama.
Ai eu parei, e fiquei pensando, será que foi por isso que eu não vi nada todo esse tempo? Por que sou cego?

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